Anulação de concurso para a terceira travessia sobre o Tejo

No dia 14 do presente mês o secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, veio anunciar à comunicação social que o Governo vai anular o concurso para a terceira travessia do sobre o Tejo, vindo a afirmar ainda que “o Governo vai trabalhar para que seja lançado o novo concurso em seis meses”.
O secretário de Estado justifica tal decisão “nas alterações que existiam à data do concurso” tanto de carácter técnico como financeiro, adiantando ainda que tal decisão irá permitir ao Estado aumentar a comparticipação comunitário no projecto da nova ponte. Citando o próprio “os fundos comunitários que estavam previstos para o projecto de alta velocidade Lisboa-Porto e Porto-Vigo iriam ser perdidos devido ao facto de ser adiado por dois anos. Para não perdermos (este dinheiro) vamos utilizá-lo na terceira travessia”.
De acordo com o governante, o custo da nova ponte seria de dois mil milhões de euros, mas só tinha 170 milhões de euros de fundos comunitários. Com a referida anulação a componente de fundos comunitários irá aumentar para 500 milhões de euros, isto porque vão ser canalizados fundos que seriam atribuídos ao projecto português de alta velocidade, tendo assim o novo concurso menos impacto sobre as contas públicas.
De referir ainda que o concurso para a terceira travessia do Tejo estava envolto em polémicas e controvérsias depois de o consórcio Altavia, liderado pela Mota-Engil, ter contestado o relatório preliminar do júri que classificou em primeiro lugar o consórcio Tave Tejo, liderado pela espanhola FCC.

Fonte: Agência Financeira on line

Patricia Pedras subturma8